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Tela de sombreamento, luz na medida certa!

Tela de sombreamento, luz na medida certa! Tela de sombreamento é um tipo de tela que é usada para filtrar a luz solar e reduzir a quantidade de luz que atinge um ambiente. Essa tela é frequentemente usada em áreas externas, como varandas, jardins, pátios e até mesmo em estufas. Em sistemas produtivos de hortifruticultura, buscamos a uniformidade e o incremento em produtividade, seja no cultivo a campo ou em estufa. A uniformidade da produção em tamanho, estar livre de danos físicos, coloração uniforme, faz com que o consumidor não escolha no mercado, gerando menor desperdício. Com a crescente demanda por hortaliças de alta qualidade durante o ano todo, se busca investir em sistemas de cultivo que permitam produção adaptada a diferentes regiões e climas do planeta. Nesse contexto, o uso de técnicas para atenuar a densidade da radiação solar incidente para valores tolerados pelas culturas, com a utilização de telas de sombreamento, resulta em aumento do crescimento e melhora da qualidade dos produtos, contribuindo para melhor desempenho, quando comparado com o cultivo a céu aberto.   Características Muitas vezes chamadas de sombrites (que é nome comercial), as telas de sombreamento são feitas de tecidos de polietileno, um material sintético leve e resistente à radiação UV, o que as protege da degradação pelo sol. Originalmente as telas eram na cor preta, mas hoje temos brancas, vermelhas, azuis, cinzas e aluminizadas, entre outras, cada uma em diversas graduações de cobertura: 18%, 30%, 50%, 70, 80%, para citar as principais. Quanto maior o valor da graduação, menos a radiação que passa pela tela. A escolha do tipo e a limitação da radiação estão intimamente ligados à cultura e seu ciclo, ao ambiente, sua localização geográfica e à época do ano.   Funcionalidade Como o próprio nome sugere, a tela de sombreamento serve para criar uma sombra para algo. As telas pretas, atualmente, são usadas em sistemas de cultivo fora de estufa, os chamados telados, muito utilizados na cultura de tomate a campo, fruticultura e horticultura. Com a função de limitar a radiação solar, reduzir o impacto das gotas de chuva e ainda proteger de granizo, a graduação das telas pretas é escolhida conforme a localização da propriedade, cultura e época de cultivo. Para plantas que precisam de mais radiação solar, como o tomate, usamos os valores menores. As telas pretas têm a desvantagem de reduzir a luminosidade no ambiente, por conta da cor, por isso não são recomendadas para uso dentro de estufas. As graduações mais altas, como 80%, são usadas para sombreamento de rebanhos. Telados também podem ser cons- truídos com os outros modelos e cores de telas.   Brancas e coloridas As telas brancas, cinzas e laminadas são as mais usadas em ambiente protegido, estufas. As telas brancas têm a vantagem de reduzir a radiação dentro do ambiente protegido, sem reduzir a luminosidade. Já as telas cinzas e laminadas, além de reduzirem a radiação, também refletem parte da radiação incidente, o que resulta em uma maior redução da temperatura dentro do ambiente. As telas laminadas são as mais reflexivas. As telas azuis e vermelhas também atuam na diminuição da radiação incidente, mas produzem uma conversão da luz solar para outras faixas. Alguns trabalhos têm mostrado que essas telas diminuem a incidência de doenças e insetos no ambiente, levando a um melhor desempenho de produção de algumas espécies de flores de corte e vaso. Contudo, não são indicadas para hortaliças, por diminuírem seu desenvolvimento. As telas vermelhas mais indicadas para cultivo de hortaliças pro- moveram um rendimento maior e anteciparam a colheita em períodos desfavoráveis às culturas, como no inverno do Sul do Brasil. Todas as telas, independente da cor, também são usadas para o fechamento das estufas ou construção de quebra-ventos.   Sistemas de sombreamento Os sistemas de sombreamento se dividem em: estáticos e dinâmicos. Estáticos são aqueles que, uma vez instalados, sombreiam o ambiente de maneira constante, sem possibilidade de graduação ou controle. Como exemplos temos as telas que são usadas na fruticultura, canteiros de tomate e verduras, chamados de tela- dos. Esse sistema a redução da radiação é constante ao longo do ano, e é mais indicado em graduações menores e em locais com maior incidência de radia- ção solar. Já os sistemas dinâmicos permitem o controle da radiação solar em função das necessidades climáticas do ambiente. Em estufas são os sistemas utilizados, pois podemos estender a tela nos dias e horários de maior incidência solar, e em dias nublados, no inverno, podemos manter a tela recolhida. Em estruturas com sistemas dinâmicos, em dias de alta incidência solar, as telas são esticadas por volta das 10h e recolhidas a partir das 15h ou 16h, afinal as plantas se utilizam do sol para crescer.   Telas e controle térmico Em ambiente aberto, o uso de telas diminui a temperatura sob elas, resultado da redução da radiação incidente. A tela também permite a passagem de água da chuva. Reduzindo a velocidade das gotas, pulveriza a água e impede a curvatura das plantas em uma tempestade. Também atua como quebra-vento, permitindo o fluxo de ar e a passagem de umidade, reduzindo o efeito de geadas. Mas, dentro de estufas, apesar de diminuir a radiação, essa já passou pelo plástico e fica presa dentro da estrutura. Nesse caso, a colocação da tela, apesar de diminuir a temperatura, tem seu impacto maior na redução da radiação que da temperatura. No Brasil, normalmente utilizamos as telas dentro da estufa e próximas da parte mais alta, de forma a manter o calor mais junto ao plástico, na parte alta. Desta forma, em estufas com abertura zenital, isso favorece a saída do calor. Em alguns locais, no Brasil, se utiliza a tela sobre a estufa, estendida junto ao plástico, como um sistema estático. Essa montagem tem um impacto muito maior na temperatura, principalmente se utilizamos telas laminadas, pois toda a radiação refletida não entra na estrutura, resultando em uma redução significativa da temperatura. Em países como Israel, temos estruturas construídas sobre as estufas e distantes

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Cultivo o ano todo, conheça as variedades de alface.

Cultivo o ano todo, conheça as variedades de alface. As alface (Lactuca sativa L. Asteraceae) é uma espécie que pertence a uma família de grande interesse econômico, por conter espécies que são utilizadas/empregadas na alimentação, na fabricação de cosméticos, na medicina e na ornamentação. Hoje, no mercado nacional, as principais variedades cultivadas e consumidas, levando-se em consideração a sua importância econômica, são: crespa (folhas soltas, largas, crespas e cor verde-amarelada), americana (cor verde-claro, sabor leve e textura firme). Dentre as variedades, a americana é a que possui menor teor de vitaminas), lisa (folhas lisas, soltas, abertas e sabor mais suave) e romana (tem folhas mais lisas e compridas de cor verde-claro e miolo macio), respectivamente. A mimosa (agradável ao paladar, folha e core variadas) e mini (folhas pequenas e numerosas) também têm boa aceitação no mercado. A variedade crespa é tida como preferida pelos consumidores atualmente. As temperaturas amenas favorecem o crescimento vegetativo de todas as variedades, podendo ser resistentes a geadas leves. No verão, pelo excesso de chuvas e calor, a maioria das variedades encontra dificuldades para se desenvolver. A cultura se desenvolve, preferencialmente, em faixas de temperatura amenas, dos 18 – 25°C, podem tolerar entre 26 e 29°C, por alguns dias, mas as temperaturas noturnas devem ser baixas. Em localidades de baixa altitude, no que caracteriza o outono-inverno da região sudeste, observa-se esse regime de temperaturas. Em altitudes elevadas, o cultivo pode ser realizado o ano todo. Região e época de cultivo A alface é uma hortaliça altamente perecível (100 g 94% de água) e também amplamente cultivada e comercializada em todas as regiões, especialmente em áreas próximas dos grandes centros, os chamados “cinturões verdes” – região com vegetação que circunda os centros urbanos. Segundo dados do Instituto Biológico de São Paulo, o Estado é responsável por 32% de toda produção de alface do território brasileiro, com média de 10 mil hectares. Conhecer os tipos de alfaces (morfologia e fisiologia) é uma ferramenta necessária, pois auxilia nas práticas de conservação pós-colheita e de manuseio. Características desejadas São inúmeras as características ideais de uma alface, tais como: resistência ao vírus, ao pendoamento e florescimento precoce. As cultivares desenvolvidas no Brasil por instituições de ensino e de pesquisa, ou parcerias com empresas, são fundamentais para disponibilizar materiais “tropicalizados” no mercado, para poder garantir oferta do produto durante todo o ano, pois são variedades com maior tolerância às condições climáticas. Espécie que tem preferência por climas frios, por ter como centro de origem uma região de clima temperado, apresenta maiores dificuldades de cultivo no verão, quando o pendoamento e doenças como a podridão são mais recorrentes por conta da faixa de temperatura estar acima do indicado (4,0 a 27°C). Episódios de temperaturas elevadas promovem o aceleramento do ciclo e, dependendo do genótipo, isso pode acarretar em plantas de tamanho inferior. Variedades A alface crespa, que engloba 2/3 do mercado da folhosa, é destaque no cenário da produção/consumo/área cultivada. Ainda assim, tem cultivo limitado mesmo quando se fala em condições de cultivo protegido, pois, como já dito anteriormente, esse aumento de temperatura característico de algumas regiões e o tipo do cultivo são condições que encurtam a fase vegetativa, ou seja, favorece o aparecimento precoce do pendão. A variedade americana, atualmente, ocupa a segunda posição no ranking. Mesmo sendo mais exigente nos cuidados, a vantagem de se cultivar está no retorno financeiro, já que no varejo ela pode chegar a ter um valor 25% maior do que as outras. Nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o cultivo pode ser realizado durante o ano todo, com atenção aos meses de dezembro a março, pois é quando ocorre aumento das temperaturas. O Sul e o Sudeste de São Paulo são as regiões mais importantes no cultivo da alface no País, tanto em campo como em ambiente protegido ou hidropônico. Nos meses com temperaturas mais elevadas o cultivo é feito com cultivares comerciais que tenham maior tolerância a altas temperaturas. O Rio de Janeiro, que tem um papel importante no Estado e também como fornecedor de folhosas para Minas Gerais, no período de dezembro a março, o tipo lisa (um dos mais consumidos na região) tem problemas com o pendoamento por conta do calor. Por isso, lá, os meses de maio a setembro são os recomendados para a produção da folhosa. Em Minas Gerais, a região do Cinturão Verde da cidade de Belo Horizonte é que fica a cargo de abastecer a capital e a região metropolitana da cidade. Maio a setembro são as épocas ideais para o cultivo, sendo possíveis nos demais meses com cultivar adaptada a condições de temperatura mais elevadas. Regiões de Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul é indicado o plantio no inverno, entre os meses de junho e julho. Em Pernambuco (Zona da Mata), que faz o abastecimento da capital, da região metropolitana, parte do interior e de Alagoas e Paraíba, o cultivo ocorre entre os meses de maio a setembro. O nordestino dessa região, assim como os cariocas/fluminenses, têm preferência por cultivares do tipo lisa.   Atenção O que deve ser observado no cultivo dessa hortaliça, além das indicações de cultivo (época do ano com temperaturas amenas), é o hábito de consumo de cada região, pois no Rio de Janeiro e Pernambuco, por exemplo, a variedade lisa ainda segue a tendência de consumo do Brasil da década de 70, diferente do restante do País, onde a preferência é pela alface crespa, ou seja, não havendo a possibilidade de adaptar uma cultivar lisa para as condições dessas regiões, há a necessidade de importar para suprir esse mercado consumidor. Desafios em seu cultivo Como dito, a temperatura é o fator determinante para o sucesso da produção, pois ela afeta diretamente no desenvolvimento das mudas. Importante ressaltar que toda espécie vegetal apresenta uma faixa de temperatura (e uma temperatura ótima) que favorece a germinação de sementes. Ainda, dentro da mesma espécie podem ocorrer variações entre esses indivíduos. Faixas de temperaturas extremas alteram a porcentagem de germinação,

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Hidroponia Vertical, uma tendência.

Hidroponia Vertical, uma tendência Primeiramente, para recordar, hidroponia é um sistema artificial que visa a produção de alimentos de qualidade, em sistema construído para fornecer alguns dos pilares que sustentem a vida das plantas: a água e os nutrientes. A sustentação das plantas neste sistema pode ser realizada por meio de substratos inertes, placas de isopor ou canaletas de plástico, sendo a escolha dependente de uma série de características de ordem técnica, econômica e estrutural. Os nutrientes, altamente solúveis e prontamente disponíveis para a captação e absorção das plantas, podem ser fornecidos de forma constante (floating), em intervalos regulados por meio de lâminas d’água (NFT) ou pulverização (aeroponia). Esta última categoria, dentro de hidroponia, tem elevado destaque econômico-ambiental por se tratar da forma mais eficiente e otimizada de fornecer água e nutrientes para as plantas. A partir do conhecimento de que, para o pleno desenvolvimento e expressão de potencial produtivo, as plantas necessitam de água, nutrientes, energia luminosa e atmosfera (CO2 e O2), com a hidroponia (suprindo água e nutriente), teve-se o primeiro passo para um controle mais efetivo da produção. Entenda melhor Em cultivo no solo, a nutrição é conhecida de forma mais empírica, uma vez que ocorre intensa e distinta variação na dinâmica dos solos (ligação com os coloides do solo, equilíbrio de bases, troca catiônica e aniônica, matéria orgânica e toda a sua fantástica complexidade e diversidade de compostos). No solo há processos de imobilização e mobilização de nutrientes, ou seja, eles podem ser capturados pela microbiota ou podem ser degradados por ela. Esses processos são extremamente variáveis, o que dificulta uma acurácia de quanto do nutriente aplicado estará de fato disponível para as plantas. O fertilizante aplicado pode ainda ser dissipado no ambiente e perdido por processos de volatilização, lixiviação e percolação. A soma desses fatores faz com que a eficiência na nutrição da planta no solo seja tecnicamente mais complexa e de difícil controle, com maiores riscos e incertezas e maiores probabilidades de estresses de todas as ordens (bióticos e abióticos). Por outro lado, a nutrição na hidroponia é de acordo com o fornecimento da quantidade adequada para que a espécie se desenvolva, com a quantidade ótima que consegue assimilar e gerar rendimento. Fornecer os nutrientes via água é facilitar e simplificar o processo de produção, não há perdas de nutrientes, eles estão circulando na água e o destino é a planta ou o reservatório. Não há processos diversos em que eles possam se envolver, como ocorre no solo. Isso torna o seu manejo mais fácil de mensurar e prever. Pela facilidade construída, é possível ter uma maior precisão e controle. Tudo sob controle No cultivo a campo, cultivo protegido e hidroponia, com espécies de hortaliças folhosas, ocorre a exploração de apenas um plano no espaço devido à dependência da interceptação solar. Quando se estabelece que 100% da energia luminosa pode ser fornecida artificialmente, possibilita-se que o espaço seja explorado de forma tridimensional, com a instalação de planos de cultivo ao longo da área disponível, ou seja, camadas empilhadas verticalmente, formadas por prateleiras de cultivo dentro de um sistema fechado e monitorado. Versatilidade Na agricultura interna ou fazendas verticais, a produção pode ser realizada em estufas agrícolas ou contêiner. Os vegetais deste sistema, pelas características acima mencionados, podem ser produzidos no interior das cidades, viajando apenas alguns quilômetros para chegar às prateleiras dos supermercados, o que contrasta com vegetais produzidos no campo, que podem viajar milhares de quilômetros de caminhão ou avião. Nesse particular, ao reduzir os deslocamentos para a distribuição da produção, reduz-se também as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global. Em campo A hidroponia vertical movimentou em 2018 um montante de US$ 26,8 bilhões, com potencial de crescimento de 9,19% até 2025. A tendência é que o setor se expanda com o aumento das incertezas promovidas pelas mudanças climáticas. Espera-se que haja crescente apoio por parte da pesquisa e desenvolvimento de empresas e instituições, com apoio de nichos de mercado, como incubadoras ou fornecedores de tecnologia para apoiar e viabilizar a expansão, como vem sendo realizado pela Embrapa. Produtividade Devido aos conhecimentos técnicos e tecnologia, é possível ampliar o número de cultivos na estrutura anualmente. Em folhosas, estima-se um aumento da ordem de 2,6 vezes. Quanto ao rendimento, culturas como o morango podem produzir 30 vezes mais que em campo aberto. No ramo de hidroponia vertical, tem relevante destaque a empresa Aero Farms, situada em New Jersey (EUA). A empresa foi fundada em 2004 com protótipos e a semente do empreendimento apresentou crescimento expressivo nos anos seguintes. Em 2016, alcançou a posição de maior fazenda vertical interna do mundo. O nível tecnológico é de ponta, com processos de produção patenteados e conhecimento construído com uma equipe de pesquisadores. Especula-se que a Aero Farm consegue produzir 22 safras anuais, devido ao ajuste fino entre cultivar, nutrição, comprimentos de onda de LED ideais, temperatura, umidade e taxa de CO2, que geram colheitas de alface em duas semanas. Tendência Como é possível controlar o ambiente e os nutrientes na solução, é possível otimizar o acúmulo de nutrientes nas plantas e fornecer alimentos de melhor qualidade nutricional. Em um cenário em que boa parte da população tem apresentado deficiência de nutrientes, em especial de micronutrientes, a possibilidade de enriquecer através de biofortificação neste sistema pode auxiliar a minimizar este entrave e ser considerado como um possível aliado da saúde. Considerando que a produção é controlável e, por isso, pode-se produzir grandes quantidades no tempo e no espaço, é possível fornecer alimentos a preços acessíveis à população. Com o adequado marketing, também pode-se ampliar a conscientização do impacto do consumo de hortaliças na saúde e bem-estar, impulsionando o seu consumo e papel fundamental na prevenção de doenças. É válido ressaltar que hortaliças apresentam desafios de ordem técnica, o que acaba reduzindo a sua oferta no mercado e, em consequência, atinja preços incompatíveis com o poder de compra de grande parcela da população. Ampliar formas para que o alimento seja produzido de forma massiva e