Cogumelo

cultivo orgânico de shimeji
Cogumelo, Estufas

Cultivo Orgânico de Shimeji e Hiratake

Cultivo Orgânico de Shimeji e Hiratake Cultivo orgânico de shimeji. O mercado mundial de cogumelos movimenta US$ 35 bilhões anualmente. Estimativas apontam para um crescimento de 9,0 a 12% no volume comercializado em 2021. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Cogumelos (ABPC, 2020), a produção no Brasil é responsável por uma média de 3,0 mil empregos diretos, sendo a produção concentrada no Estado de São Paulo. O Brasil está longe de produzir o suficiente para abastecer o mercado interno. Hoje, a produção é de 12 mil toneladas de cogumelos in natura, sendo necessária a importação de cogumelos de países como China, Estados Unidos, Itália e Holanda, que estão no topo da lista dos maiores produtores para o suprimento interno. Orgânicos A produção orgânica no sistema de cultivo de cogumelos é facilitada, por se tratar de um produto de rápido crescimento e o sistema de cultivo permitir um controle total das condições climáticas e sanitárias. O cogumelo orgânico se faz necessário, pois é consumida praticamente toda sua estrutura, a qual deverá estar ausente de moléculas de defensivos. A produção de cogumelos demonstra ser uma alternativa extra na alimentação e renda das famílias produtoras. Com pouca exigência de espaço e diversas opções de materiais para montagem das estufas, a atividade apresenta boa rentabilidade. Estes dados apontam para um importante nicho de mercado em ascensão no Brasil, o qual tem potencial para diversificar as atividades e gerar novas fontes de renda no campo, fortalecendo, principalmente, a agricultura familiar. Cadeia produtiva Antes concentrada na região do Alto Tietê em São Paulo, ao longo dos últimos anos, apesar de todas as dificuldades, a cadeia produtiva do cogumelo no Brasil tem se estruturado e, atualmente, o cultivo de cogumelos está disseminado em várias regiões do País. Atualmente, os principais produtores estão nos Estados de São Paulo (Mogi das Cruzes, Pinhalzinho, Ibiúna, Sorocaba, Salto, Cabreúva, Juquitiba e Valinhos) e no Paraná (Castro, Tijucas do Sul e Curitiba), além de cultivos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sul da Bahia, Pernambuco, Brasília e Rio Grande do Sul. A produção de cogumelo no País passou a crescer, beneficiando-se com a ascensão de restaurantes japoneses inaugurados no Brasil entre 2005 e 2010. Hoje, 80% dos produtores brasileiros de cogumelos são pequenos e médios agricultores familiares. Estima-se que o consumo pela população brasileira seja em torno de 0,16kg/pessoa/ano, aquém dos países europeus (2,0 kg/pessoa/ano) e asiáticos (6,0 a 8,0 quilos/pessoa/ano), segundo a Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos. Investimento inicial A fungicultura tem como local de desenvolvimento galpões especialmente construídos. Não existe tamanho padrão para o local de cultivo. Os fatores a serem incluídos no planejamento são custos de construção, requisitos de espaço de maquinário, tamanho da bandeja ou da cama e designde empilhamento, baseado na produção esperada. As portas devem ser projetadas para atender todas as máquinas e equipamentos utilizados. Janelas não são necessárias, pois embora os cogumelos não exijam a escuridão completa para crescer, a luz solar direta não deve alcançar as camas. Indica-se uma estrutura de painéis isotérmicos que irão controlar a temperatura e a umidade interna. Qualquer equipamento elétrico instalado deve ser capaz de suportar alta umidade, e é preciso que as estufas sejam à prova de roedores. O isolamento por painéis de poliestireno evita flutuações de temperatura e aumenta a eficiência energética do ar condicionado. Os pisos destas instalações devem ser de cimento com drenagem, para facilitar a limpeza e as operações de higiene. O telhado deve ter inclinação suficiente para evitar que a condensação pingue nas camas. Um bom sistema de ventilação é essencial para fornecer um fluxo cons- tante de ar fresco e evitar o acúmulo de dióxido de carbono. As unidades de ventilação devem ser totalmente ajustáveis em termos de volume de circulação e incluir um filtro que impeça a entrada de insetos. É importante limpar os filtros regularmente. Rentabilidade A produtividade destes tipos de cogumelos frescos é estimada com base na massa úmida do substrato, sendo que a maioria dos substratos proporciona produção de cogumelos frescos na faixa de 20% da massa úmida, ou seja, cada unidade de produção contendo 1,0 kg de substrato úmido produzirá 200 gramas de cogumelos frescos durante o ciclo produtivo, que é de 60 dias. Portanto, considerando que um produtor possua uma sala de 12 metros quadrados (4,0 m x 3,0 m), com capacidade média para 600 kg de substrato ou 600 unidades de produção contendo 1,0 kg de substrato cada, ao final de 60 dias terão sido produzidos em torno de 120 kg de cogumelos frescos. Por meio do manejo de produção escalonada, estes 120 kg de cogumelos frescos serão colhidos durante oito semanas, correspondendo a 15 kg semanais. Se o produtor comercializar sua produção semanal ao custo de R$ 40 o quilograma fresco, sua renda bruta semanal será de R$ 600. Considerando que os custos médios de produção giram em torno de 40%, este produtor terá retorno líquido mensal de R$ 1.440. Em quanto tempo o retorno começa? Para iniciar uma atividade de produção e comercialização de cogumelos, é preciso um bom investimento em uma estrutura (estufa agrícola), estudo constante e muita dedicação em todas as etapas de produção. A rentabilidade depende de muitas variáveis e os produtores obtêm 20% de rentabilidade sobre os custos de produção. Uma alternativa para os pequenos produtores interessados na atividade seria formar uma associação para que possam enfrentar o mercado e sempre ter produto para entregar em maior escala aos estabelecimentos. Os cogumelos ainda não fazem parte da dieta da maioria da população brasileira, pois o seu cultivo no País é recente, apresentando baixa produtividade quando comparado ao seu potencial de consumo. Com o desenvolvimento de novas técnicas de cultivo, o mercado desses produtos tornou-se uma cultura cara, sendo que a sua popularidade depende da redução do preço de comercialização, que poderia ser alcançado por meio do aumento da produção. Tecnologias Apesar de serem cogumelos do mesmo gênero, o shimeji e o hiratake têm sistemas de produção bastante distintos, sendo que o último tem tecnologia

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Cultivo Protegido em Estufas Agrícolas

Cultivo Protegido em Estufas Agrícolas Desde sua introdução, a plasticultura mudou muito no Brasil. A utilização de filmes para cobrir as culturas foi chamada de estufas plásticas, termo oriundo das estufas de vidro até então utilizadas para fim agrícola. As casas de vegetação de vidro, ou estufas de vidro, eram, no Brasil, usadas principalmente em empresas de pesquisa para proteger experimentos de várias culturas. A introdução de estufas plásticas foi inicialmente realizada na região sul do Brasil, pela proximidade da petroquímica, e o plano de divulgação da técnica visava a produção de hortaliças durante todo o ano, mesmo durante o período frio de inverno existente nessa região. A ideia a ser lançada era “produzir tudo durante todo o ano”. Essa proposta foi um dos erros iniciais do programa de incentivo da técnica, vindo prejudicar a sua adoção rápida na época. Hoje, sabe-se que a produção em ambientes protegidos por estufas plásticas é uma técnica que veio para ficar, e à medida que o produtor entra em contato com sua utilização correta, ele verifica as possibilidades de melhora da produção, da segurança e economicidade de sua lavoura. Panorama O Brasil é o segundo maior produtor em ambientes protegidos na América Latina, com aproximadamente 30.000 ha em 2019, ficando atrás somente do México, que possuía uma área coberta de 41.000 ha. Mesmo com um crescimento acima das taxas do PIB brasileiro, o crescimento anual de adoção da técnica fica próximo a 5% ao ano, muito abaixo de outros países e regiões que têm taxas próximas a 10%, como Europa e Japão, o que mostra o potencial de crescimento dessa técnica no Brasil. De acordo com alguns autores, as estufas são normalmente utilizadas para cultivos de hortaliças (60%), para flores em média 20% e para frutas e fumo, outros 20%. Evolução A evolução da produção protegida não se deu somente em valores, mas em qualidade também. À medida que o setor produtivo foi se aperfeiçoando e conhecendo melhor a utilização correta de sua produção nesses ambientes, aumentava a necessidade de novas técnicas e estruturas, que apesar de maior investimento inicial, se mostraram mais econômicas a longo prazo, bem como ofereciam maior segurança ao produtor. Novos sistemas de produção, culturas e insumos agrícolas determinaram que os modelos e as estruturas das estufas se adaptassem a essas novas técnicas. A produção fora do solo, por exemplo, necessita de ambiente com cobertura total da chuva e que os modelos sejam adequados a ela. A utilização de produtos biológicos para controle de pragas foi outra técnica que necessitou de condições especiais dos ambientes. Outro fator foi o aumento de demanda por produtos de melhor qualidade sem uso de químicos em sua produção, como a orgânica, fundamental para evolução de modelos e acessórios de controle do ambiente. Inicialmente as estufas foram construídas sobre estruturas de madeira e cobertura com filmes plásticos. Alguns modelos se mostravam eficientes na produção, porém, com baixa resistência a ventos. Até hoje se usam esses tipos simples de estufas, mas o que se observa é que o produtor tende a adotar um outro modelo mais adequado à fixação do plástico, como as coberturas de arco em tubo metálico. Outros produtores, ainda exigindo maior qualidade, adotam estruturas de aço, que possuem uma vida útil maior que as de madeira. Proteção A cobertura das laterais com telas é uma outra técnica que vem aumentando sua utilização para evitar o ataque de pragas-inseto, que normalmente são controladas com químicos. A adoção dessas telas para alguns usos necessita de maior pé-direito ou altura da estrutura, para que a área de ventilação seja maior, adequando o ambiente para o cultivo. Com o uso de telas a estrutura fica mais guarnecida também de outros patógenos, se tornando adequada para que se faça antessala na entrada, com aumento do isolamento desses problemas, podendo ser usada também para desinfecção dos calçados e colocação de roupas de proteção. Cobertura A cobertura das estruturas sempre foi variada, dependendo da região ou do fabricante, a exemplo daquelas com pouca declividade ou plana, usadas na cobertura de parreirais, coberturas em duas águas ou estufas capela, e as mais utilizadas atualmente, em arco. Essas estruturas podem ou não ter ventilação zenital, ou ventilação na sua parte superior ou nos frontais da estufa, visando uma melhor renovação do ar interior, que normalmente é muito úmido. Também existem as estufas conjugadas, que são estruturas ligadas umas às outras, aumentando o tamanho da área coberta. Esses modelos normalmente possuem laterais com tela, e necessitam de altura maior que modelos individuais. Fora do solo Outra técnica que está apresentando crescimento significativo ultimamente é o cultivo fora de solo, em que o produtor retira as raízes do solo e utiliza um substrato artificial, o qual é irrigado com solução nutritiva (fertirrigação) para o desenvolvimento das plantas. Esses sistemas utilizam vasos ou calhas, onde as plantas se desenvolvem. Para maior facilidade e limpeza dentro das estruturas, alguns estão pavimentando o seu interior, onde são colocados os recipientes com os substratos. Essa técnica determina que o piso seja adequado ao tipo de microclima interno necessário, normalmente necessitando que sua cor seja reflexiva para que não aumente muito a temperatura. Também é importante ressaltar que se a estrutura para fixação do plástico for usada para fixação de plantas, essa deve ser reforçada para aguentar esses esforços extras. Modelos atuais, além de modificarem o microclima, como as estruturas menos equipadas, têm possibilidade de ser controladas usando equipamentos especiais de aquecimento, sombreamento, resfriamento, ventilação, exaustão, complementação luminosa, dentre outros. Estufas com esses equipamentos são as que mais evoluíram dentro do sistema de produção, mas são estruturas adequadas a tipos específicos de cultivo de alto retorno ou valor, visto que possuem custo elevado e, na maioria das vezes, permitem a automação do controle. Vantagens Os diferentes modelos proporcionam diferentes vantagens às culturas, desde os modelos mais simples, que por meio de proteção física e redução de estresses garantem melhora em seu crescimento vegetativo, porém, com restrições aos aumentos de temperatura noturna. Isso representa restrição à produção de

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Maior produtividade no cultivo, plantio em estufas eleva em até 30% sua produtividade.

Maior produtividade no cultivo, plantio em estufas eleva em até 30% sua produtividade. Com o passar dos anos as mudanças climáticas são cada vez maiores. Do ponto de vista da agricultura, estas alterações trazem prejuízos econômicos para os produtores. As plantas estão sofrendo com a incidência solar e apresentando sintomas de queimaduras, além de sintomas de perda de água, gerando desidratação. Deste modo, a melhor saída para proteger as plantas mais sensíveis das intempéries climáticas é o cultivo em estufas. O plantio em estufa representa um exemplo de cultivo em ambiente protegido, oferecendo um microclima adequado para o desenvolvimento da cultura. Muitas culturas apresentam resultados superiores, quando produzidas em estufas, principalmente hortaliças, legumes e frutos. Isto ocorre, principalmente, pelo fato de as estufas proporcionarem condições climáticas controladas, isolando as intempéries climáticas que podem vir a surgir. Opções O cultivo nas estufas pode ser em Vasos, Sistemas de hidroponia, ou o plantio diretamente no solo. Deste modo, pode ser um sistema simples ou pode-se fazer uso de mais tecnologias. As estufas podem ser pequenas, cobrindo apenas pequenos espaços ou bancadas, ou ainda podem cobrir grandes áreas. Sendo construídas em aço galvanizado, plásticos transparentes, sombrite, dentre outros materiais. As estruturas laterais podem ser movidas, como cortinas, a depender das condições climáticas, controlando as condições internas, bem como telas de sombrite podem ser utilizadas para controlar a luminosidade que chega às plantas. Quanto à estrutura, as estufas podem ser do tipo capela, sendo a estrutura semelhante à de um galpão ou aviário, apresentando duas abas de cobertura inclinadas, com altura mínima de três metros e espaço interno arejado. As estufas podem ainda ser do tipo arco, mais elaboradas, com teto abaulado, possibilitando um maior aproveitamento da luz. Neste exemplo, o custo de implantação é maior, mas em contrapartida traz maiores ganhos de produtividade, sendo assim, mais utilizadas. Orientação No geral, as estufas são construídas na orientação leste-oeste, para serem beneficiadas com a radiação solar. Assim, há menos problemas com sombreamento das vigas da estrutura. São construídas levando em consideração o sentido da direção dos ventos predominantes, nunca na direção perpendicular dos mesmos. No seu interior, sempre que possível, as plantas também devem ser organizadas na orientação leste-oeste. O cultivo protegido não envolve apenas a proteção das plantas contra os fatores do meio ambiente. Neste sistema há uma alteração em todo o mecanismo das plantas. É importante controlar as condições ambientais, mas permitir a entrada de sol e vento de maneira indireta. As plantas não podem sofrer alterações na sua fotossíntese por redução de luminosidade. Garantir um desempenho satisfatório na fotossíntese implica em ganhos diretos na produtividade. Além disso, a falta de ventilação pode acarretar em problemas fitossanitários. No interior das estufas, a temperatura é controlada por termômetros. Em casos de controle de temperaturas elevadas, em que há excesso de calor, pode-se realizar o controle por meio de telas de sombreamento, abertura das cortinas laterais, bem como podem ser acionados exautores ou outros sistema de refrigeração. Já nos dias mais frios e com pouca luminosidade, o problema pode ser solucionado fazendo uso de iluminação artificial e aquecedores. Em relação ao controle da umidade do ar, está diretamente relacionado com a prática de irrigação das plantas. A água consegue equilibrar a sensação térmica, e ao mesmo tempo mantém as plantas hidratadas. Além disso, podem ser utilizados ventiladores que liberam partículas de água para refrescar o ambiente e aumentar a umidade relativa. Sob controle O controle das condições climáticas precisa ser realizado de maneira correta, mantendo a temperatura e umidade adequadas para as plantas. É fundamental que o ambiente interior das estufas seja arejado e com uma boa circulação de ar para evitar problemas fitossanitários. Outro ponto importante é realizar a irrigação da forma correta, evitando molhamento foliar, para não criar um microclima adequado para os patógenos de plantas. A maioria das doenças é beneficiada em situações de umidade e temperatura elevada, onde há o abafamento das plantas. Nestes casos, o espaçamento entre plantas e entrelinhas é outro ponto fundamental. Vantagens As estufas apresentam também como vantagem a contenção da entrada de animais, pássaros, insetos-pragas e insetos vetores de doenças. A barreira física é um bom aliado, impedindo a entrada de organismos que vão causar prejuízos às plantas. As barreiras podem ainda atuar contendo esporos que são levados pelos ventos. Com isso, há uma redução da necessidade de aplicação de produtos fitossanitários. Em casos onde há infestação de doenças na parte aérea, recomenda-se realizar o descarte da parte aérea logo após o cultivo e desinfestar o local antes da instalação do próximo cultivo. Quando os problemas são com doenças no sistema radicular, ou pragas de solo, é recomendado o descarte do sistema radicular. Assim, há uma redução do inóculo inicial ou da praga e possibilita um melhor tratamento do solo antes de instalar a próxima cultura. Em relação às plantas daninhas, em cultivos protegidos os problemas são menores. O controle é efetuado logo que se constata o problema, gerando um banco de sementes menor, além do fato de que as sementes não são trazidas por ventos e animais. Controle de tripes na hidroponia. Manejo integrado controle eficiente de pragas e doenças em hidroponia. Siga-nos em nossas mídias socias: Facebook | Instagram.

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Cultivo de cogumelos em Estufas

Cultivo de cogumelos em Estufas. A produção de cogumelos em conserva é mais fácil de manter e distribuir nos supermercados, mas a opção in natura é bem lucrativa e mais saudável. A fungicultura é conhecida como a cultura dos cogumelos. Os fungos são microrganismos heterotróficos, não fotossintetizantes, possuem parede celular de quitina e obtêm seus nutrientes por absorção da matéria orgânica. Os cogumelos são espécies de fungos com corpos frutíferos que podem ser aproveitados para alimentação, para fins medicinais, enquanto outras espécies são venenosas. A espécie de cogumelo mais cultivada é o champignon (Agaricus bisporus). Outras espécies estão se destacando no mercado consumidor, principalmente na culinária, como por exemplo, o shitake (Lentinula edodes) e o shimeji (Lyophyllum shimeji). Nem todo cogumelo é comestível, portanto, não o colete da natureza, pois pode ser tóxico. De coloração uniforme branca, firme e superfície brilhante úmida, o champignon de paris (A. bisporus) é um dos principais tipos comestíveis. Comum de ser encontrado no varejo em conserva e em embalagem de plástico ou vidro, está expandindo a produção in natura. Destacam-se também o shitake (L. edodes), que possui chapéu marrom escuro, de 5,0 a 12 centímetros de diâmetro e textura macia, e o shimeji (Pleurotus sp.), que pode ser de coloração negra, branca ou salmão. Consumo Com o investimento em cultivo do cogumelo crescendo ao longo dos anos, o produto passou a ser mais divulgado e acessível à população. Entretanto, o consumo nacional não se compara ao dos países europeus. A produção de cogumelo em conserva é mais fácil de manter e distribuir nos supermercados, mas a opção in natura é bem lucrativa, mais saudável e ecológica. Sem custos com cozimento e conservantes, os cogumelos frescos concorrem com os importados cozidos da China. Mas os cogumelos in natura são mais perecíveis, com prazo de validade de uma semana, em média. Em estufas Para o cultivo dos cogumelos comestíveis em ambientes protegidos, a estufa pode ser construída no local de cultivo. As opções pré-fabricadas podem agilizar o processo de implementação do negócio e vem nas medidas certas, com as especificações para o cultivo de cogumelos. Assim, a escolha do tipo de estufa depende do capital que o investidor terá à disposição. Os cogumelos são cultivados no escuro, em salas climatizadas, e o inóculo fúngico é adicionado a um substrato pasteurizado em camas de crescimento. Desta forma, uma fazenda de cogumelos deve ter um escoamento fácil para o mercado e acesso de fornecedores de compostagem. As instalações dentro da estufa devem possuir salas climatizadas com controle de temperatura e umidade, sendo organizadas em prateleiras com distâncias padronizadas. Vantagens do cultivo protegido A produção de cogumelos de forma mais tecnificada tem várias vantagens, como a utilização de estufas climatizadas com controle de temperatura, umidade e concentração de gases, garantindo uma maior produtividade e melhor qualidade. Em estruturas rústicas, ou seja, com infraestrutura inferior, a produtividade é menor devido às condições ambientais variáveis, contaminação do meio de cultivo por organismos competidores e ataque de pragas e doenças. Além disso, salas com ambiente controlado (umidade e temperatura) são necessárias para a produção eficiente de cogumelos de alta qualidade. Desta forma, fatores como temperatura, umidade e iluminação são fundamentais. O cogumelo precisa, principalmente, de temperaturas amenas e muita umidade para se desenvolver. Por isso, em geral a produção é feita em estufas, o que garante a produção o ano inteiro. Como implantar a técnica Na fungicultura, a atividade de cultivadores é a mais indicada para iniciantes. É necessário escolher o local de instalação com pouco declive, disponibilidade abundante de água no local, mão de obra especializada e proximidade do mercado para o escoamento adequado do produto. E, por ser um fungo que se alimenta de matéria orgânica em decomposição, é preciso ter um substrato para o cultivo do cogumelo. O substrato, que é a matéria-prima para a atividade, é esterilizado e o fungo é adicionado a ele. A esterilização impede que o cogumelo tenha competidores e não se desenvolva. Esse substrato pode ser feito com diversos materiais, como palha, esterco, serragem, bagaço de cana, borra de café, entre outros. Cada tipo de cogumelo possui suas características e necessidades específicas. Mas, no geral, gostam de clima ameno e alta umidade. O ideal é que a temperatura se mantenha entre 12 e 25ºC. Desta forma, o champignon de paris é produzido em palhada compostada e coberta com uma camada de terra. É necessário refrigeração, temperaturas entre 15 a 18ºC e ambiente sem luz. Já o cogumelo shitake pode ser cultivado em blocos de serragem, que demanda tecnologia especializada, ou em toras com pequenos furos, nos quais o fungo é inoculado e recebe, após seis meses de incubação, um estímulo de choque hídrico. Já o shimeji, que brota em pequenos buquês, é produzido em palhada pasteurizada e esterilizada. Então, a fungicultura necessita de higiene e atenção do produtor. Os cogumelos podem ser contaminados se forem submetidos a um manejo inadequado. Manejo do plantio à colheita O ciclo de cultivo de cogumelo está entre 45 e 180 dias. A produção de cogumelos apresenta várias etapas, que incluem o preparo do substrato, produção de inóculos, inoculação, incubação e colheita. Os substratos são originados de material vegetal, incluindo as toras de madeira e resíduos agrícolas. O substrato precisa ser preparado e esterilizado na sala de preparo do substrato. Um caminhão transporta os resíduos agrícolas secos até essa sala e esses resíduos são empilhados em um local com baixa umidade. O substrato esterilizado e úmido será então embalado em sacos plásticos próprios para a produção de cogumelos. Após o preparo do substrato, os sacos plásticos são transportados para a sala de inoculação. Cada saco será inoculado com o fungo selecionado. Essa sala deve permanecer sempre limpa e desinfetada com luz ultravioleta ou agentes químicos, a exemplo de água sanitária, antes da inoculação. Os inóculos, denominados sementes ou spawn, serão obtidos diretamente de empresas produtoras visando à redução do custo e da probabilidade de contaminação inicial da produção. Esses spawns serão armazenados na sala de inoculação. Da sala

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